PRONOMES – POSSESSIVOS

A ideia de posse é expressa simplesmente com a partícula –sa ou –sua. No entanto na terceira pessoa do singular, usa-se ainda su. Exemplificando:

Iou-sa(-sua) ou minha – Meu

Vôs-sa(-sua) ou vôsso – Teu

Ele-sa(-sua) ou Su  – Seu

Nôs-sa(-sua) ou nôsso – Nosso

Vosôtro-sa(-sua) – Vosso

 Ilotro-sa(-sua) – Seus

 

Iou-sua pâi (o meu pai) – Vôs-sa caréta (o teu carro) – Su chéfi (o seu chefe)

Nôsso gente (a nossa gente) – Vosotro-sa casa-casa (as vossas casas) – Ilotro-sua filo-filo (os seus filhos).

Nota: Creio que a utilização da forma “minha” se faz num contexto especial, não apenas como expressão de mera posse sobre certo objecto, mas especialmente como manifestação de afecto ou de certo estado emotivo, como acontece nas formas introdutórias de uma carta ou mensagem, onde em português se diria “Minha querida Tia”, em inglês “Dear Cousin”; ou como reacção emocional a uma má notícia.

Exemplificando:

Minha Béba, como tá vai?”

Vai-na, minha istupôr!

2 thoughts on “PRONOMES – POSSESSIVOS

  1. Primeiramente, não quero deixar de salientar o belo trabalho que fizeram. Parabéns os promotores. Desejava fazer uma sugestão. Tenho conhecimento que editaram um dicionário português-patuá, pelo que se não for possível disponibilizar este documento “on line”. Em Macau, podemos adquirí-lo facilmente na livraria, mas para os que vivem no exterior nem sempre é possível. Obviamente, não estou a par que aquando da edição do dicionário, existe algum direito ou cláusula que impossibilita a sua disponibilização no “net”. Apenas, uma sugestão. Obrigado pela atenção.

    • Meu caro António, obrigado pelas palavras de apoio e pela sugestão. De facto, há que reconhecer a dificuldade na compreensão do Crioulo na falta de um dicionário ou material correspondente. O que se tem feito ultimamente foi a edição do livro “Maquista Chapado”, primeiramente em 2001 pelo Instituto Internacional de Macau, e em 2004 pelo Instituto Cultural de Macau, em versão inglesa. Não se trata de um dicionário mas um glossário que veio a coligir os registos do Adé dos Santos Ferreira e a Dra Graciete Batalha, acrescentando-lhe novos léxicos de novas expressões macaístas que não se encontram nas obras daqueles dois. O livor em ambas as versões continuam à venda, necessitando contudo de revisão.
      Quanto à sua disponibilidade “online” isso está a ser feito, por uma outra entidade. Mas anunciarei logo que estiver pronto.
      Grande abraço.

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